Cuide Bem Do Seu Amor
(Herbert Vianna)
A vida sem freio
Me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver.
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante que desmoronou.
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo, tudo estava em paz!
Cuide bem do Seu Amor
Seja quem for.
E cada segundo, cada momento cada instante
É quase eterno, passa devagar.
Se o seu Mundo for o mundo inteiro,
Sua vida, seu amor, seu lar.
Cuide tudo que for verdadeiro,
Deixe tudo que não for passar.
Palvras duras, em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo, tudo estava em paz!
Cuide bem do Seu Amor
Seja quem for.
13 de março de 2012
8 de março de 2012
8 de fevereiro de 2012
O trabalho de parto do meu site
Nesta semana, as meninas do Mamatraca convocaram uma blogagem coletiva sobre maternidade e internet e propuseram que fizéssemos um relato de parto de nossos Blogs.
Pois muito bem. Eu posso dizer que estou em pleno trabalho de parto! As primeiras contrações começaram há pouco tempo, com a ideia de criar um site sobre maternidade que tivesse um foco na questão da humanização do atendimento ao parto (que é mais do que, simplesmente, falar sobre "parto humanizado" - já, já a gente fala sobre isso lá!), com informações e opiniões sobre o tema. Mas não só.
Quando o Cara de Mãe vier ao mundo, vai falar sobre gestação, parto, pós-parto, amamentação, saúde, educação, lazer e todas as demais dúvidas existenciais das mães. Como enxoval, uso de fraldas descartáveis ou de pano, festinhas alternativas, decoração etc. Sempre tentando fugir um pouco do senso comum, trazendo um olhar mais reflexivo sobre esse mundo materno.
Neste momento, as minhas contrações estão mais ritmadas, mas ainda consigo sorrir (quem já pariu sabe de que momento estou falando). Acho que ainda levo mais um mês para o tão incrível momento do nascimento. Quero pegar esse meu novo filho nos braços, aconchegá-lo, sentir seu cheiro, seu calor.
Vamos nos conhecer e descobrir nossos desafios - como acontece sempre.
Uma coisa é certa, ele está chegando na sua hora, sem pressa, como deve ser, naturalmente...
Se vier dor, como de costume, certamente há de vir também muito prazer!!!
Bjbj
3 de fevereiro de 2012
EU QUERO SER FELIZ AGORA!
Hoje foi um dia muito especial e gostoso. A participação no Programa Mulheres foi muito massa e a melhor parte, sem dúvida, foi conhecer e bater papo com as queridas meninas do Mamatraca e do Uma Mãe das Arábias.
Imagine um monte de mulheres/ mães/ blogueiras (lê-se falantes...rsrs) juntas. Muito bem, então você já deve supor que a gente falou pelo cotovelos, trocou mil ideias, deu risada e se divertiu muito.
A Katia Fonseca (apresentadora) é uma fofa e o papo sobre mães blogueiras fluiu super bem e até conseguimos disfarçar o nervosismo. Hehehe...
Falamos sobre a "blogosfera materna" e as nossas experiências. Falamos também sobre como a internet tornou-se um espaço delicioso para compartilharmos vivências, dúvidas, angústias e combatermos aquela pontinha de solidão - tão presente no pós-parto, não é, não? Enfim, foi muito gostoso!
Eu falei um pouquinho do meu novo projeto: o site Cara de Mãe (que já está no ar - com o contato para sugestões (contato@carademae.com.br) e com lançamento oficial marcado para março).
Quem quiser acompanhar as novidades sobre o lançamento pode curtir a nossa página no Facebook e seguir a vontade lá no Twitter (@carademae)!!!
Minha alma traduzida
Aí, como o universo conspira em nosso favor mesmo, quando eu estava voltando para casa, ouvi essa música linda do Oswaldo (que é trilha sonora da minha vida, fato!), na pegada: "tudo-a-ver-com-o-meu-momento". Aí queria dividir com vocês. Olha que massa!
Bjbj
@danielemoraes
Imagine um monte de mulheres/ mães/ blogueiras (lê-se falantes...rsrs) juntas. Muito bem, então você já deve supor que a gente falou pelo cotovelos, trocou mil ideias, deu risada e se divertiu muito.
A Katia Fonseca (apresentadora) é uma fofa e o papo sobre mães blogueiras fluiu super bem e até conseguimos disfarçar o nervosismo. Hehehe...
Falamos sobre a "blogosfera materna" e as nossas experiências. Falamos também sobre como a internet tornou-se um espaço delicioso para compartilharmos vivências, dúvidas, angústias e combatermos aquela pontinha de solidão - tão presente no pós-parto, não é, não? Enfim, foi muito gostoso!
Eu falei um pouquinho do meu novo projeto: o site Cara de Mãe (que já está no ar - com o contato para sugestões (contato@carademae.com.br) e com lançamento oficial marcado para março).
Quem quiser acompanhar as novidades sobre o lançamento pode curtir a nossa página no Facebook e seguir a vontade lá no Twitter (@carademae)!!!
Ah! As meninas ficaram de me mandar as fotos dos bastidores para eu postar aqui e em breve coloco também o videozinho, fechado?
Minha alma traduzida
Aí, como o universo conspira em nosso favor mesmo, quando eu estava voltando para casa, ouvi essa música linda do Oswaldo (que é trilha sonora da minha vida, fato!), na pegada: "tudo-a-ver-com-o-meu-momento". Aí queria dividir com vocês. Olha que massa!
Nunca se permita desacreditar e não deixe que façam isso com você!!
Bjbj
@danielemoraes
2 de fevereiro de 2012
Nesta sexta no Programa Mulheres
Nesta sexta (03/02), a partir das 14h, vou participar de um bate papo no Programa Mulheres (Canal: 11/ NET: 21/ Sky: 225) sobre mães blogueiras - com convidadas muito bacanas!!!
A pauta é sobre as mães que têm blogs, participam de listas, trocam informações, experiências e opiniões sobre maternidade, saúde, filhos, educação etc. e até fazem dessas iniciativas seus negócios.
Devem participar do Programa:
- Daniele Moraes (Eu... rsrs): para falar da coluna no Blog Papo de Berçário e do meu novo projeto, que será lançado em março, e vai se chamar "Cara de Mãe" (aguardem!!!).
- Anne Rammi e Caroline Passuelo: blogueiras super experientes, que tocam um projeto bacanérrimo chamado "Mamatraca" (vejam, é demais!)
- Barbara Saleh: autora do Uma Mãe das Arábias - um blog muito legal, que compartilha experiências dessa mãe e de muitos colaboradores geniais (visitem!).
Quem puder assistir, depois passa aqui para comentar o que achou, combinado?
Bjbj
Dani
@danielemoraes
1 de fevereiro de 2012
Notícia triste – algumas considerações
Foi noticiada hoje no Portal G1 (leia aqui) a morte de uma mãe após um
parto domiciliar na Austrália. Mortes maternas são sempre chocantes e tristes,
em qualquer circunstância. E é aí que devemos colocar alguns pingos nos “is” e
refletir.
A primeira coisa que me vem à mente diante do fato é:
pessoas morrem. Mães, pais, avós, tios, médicos a até filhos morrem (o que
definitivamente não deveria ser permitido!!). No entanto, as condições em que
essas mortes acontecem parecem que determinam o seu caráter trágico. E as
pessoas morrem em casa, no hospital, na rua, na igreja. Sendo que por vezes
nada pode ser feito. Portanto, seria interessante saber exatamente o que causou
a morte dessa moça, antes da tentadora e contestável conclusão de que “se ela
estivesse em um hospital, isso não teria acontecido”.
Quando uma morte materna acontece fora de um ambiente “seguro
como um hospital”, isso vira, inevitavelmente, manchete de jornal. Agora, te
pergunto: quantas e quantas mães morrem em hospitais pelo mundo após o parto –
normal, natural, cesáreo? Mas isso só vira notícia quando encontra eco em
sociedades cesaristas como a nossa – onde partos normais já são raríssimos
(para quê arriscar?), que dirá partos domiciliares?
E aqui vale dizer que parto domiciliar não é parto desassistido
e que enfermeiras obstétricas (parteiras nos dias de hoje) são plenamente
capacitadas para esse atendimento, estando devidamente autorizadas pelos
conselhos de enfermagem. Portanto, não há nada de transgressor nisso.
Especialmente, por que esse tipo de parto é indicado apenas para gestantes de
baixo risco – o que não quer dizer nenhum risco, ok? Viver é um risco, certo?
A exploração da notícia e o reforço do imaginário popular de
que parto normal representa um perigo à mulher é que é a grande tragédia por trás
da notícia. Afinal, fatalidades podem acontecer em qualquer ambiente, em
hospitais, inclusive, em partos naturais, normais ou em cirurgias eletivas.
O parto possível
Quando comecei a me interessar pelo assunto “parto” eu tinha convicção de que essa era uma escolha da mulher. A ela deveria ser dada autonomia e informação necessárias para que decidisse. Ainda acho isso. Entretanto, o que eu não suspeitava era que o poder de escolha das mulheres na atualidade fosse praticamente nulo. Uma vez que a maioria é levada a crer que está no comando da situação, quando na verdade já tem destino certo: a cesariana.
Nunca é demais ressaltar que o parto cesáreo foi uma importante conquista da humanidade, impedimento de muitas perdas de mães e bebês. Estamos tratando aqui, no entanto, da banalização deste procedimento (invasivo e arriscado), por sua realização desnecessária – baseada em indicações equivocadas ou conveniência. Estamos discutindo o fato de aproximadamente 90% dos nascimentos em hospitais particulares da capital paulista, por exemplo, serem realizados por parto cirúrgico. Isto não é razoável nem compreensível, não é mesmo?
Acima de tudo, o que me levou a conhecer o movimento de humanização de atendimento ao parto foi a minha indignação diante das dezenas e dezenas de relatos de parto que li na internet em que as mulheres contavam as justificativas dadas por médicos “respeitabilíssimos” para a indicação da cesariana. Vi, lendo e relendo essas histórias repetidamente, que as mulheres são constantemente enganadas, trapaceadas e cerceadas, de maneira vil, do direito maior sobre seu próprio corpo. São levadas a crer na sua incapacidade de colocar no mundo os filhos que elas geraram. E isso é muito triste.
Assim, comecei a pesquisar. Queria saber quando de fato uma cesárea é necessária. Entre tantas histórias, descobri, por exemplo, que circular de cordão (cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê) não impede o parto normal; que diabetes gestacional também não; que “bebês grandes” menos ainda; e que todas as mulheres “têm dilatação” – o que não se tem é habilidade, paciência e desejo de esperar pelo processo fisiológico e, não patológico, de dar à luz. Assim, muita gente é manipulada e levada a acreditar que escolheram o melhor para si e para seu bebê – o que em muitos e muitos casos não é verdade.
Grande parte dos médicos obstetras brasileiros, por má formação, limitação cultural ou em alguns casos até má fé, não está preparada para acompanhar um parto normal nem convencida do grave problema que é a banalização da cesariana.
Portanto, se você está grávida, deseja um parto normal e tem dúvidas sobre a conduta do seu médico, não hesite! Procure se informar sobre a taxa de partos normais atendidos por ele. Questione se tem “um dia exclusivo para cirurgia” na agenda semanal do consultório. Converse sobre o tipo de parto que você deseja (o profissional não pode negar-se a tratar do assunto). E por fim tenha consciência de que “parto normal” não é tudo. Há que ser humanizado – acima de qualquer coisa (Sobre isso leia: Humanizado ou não, eis a questão).
Hoje tenho convicção total de que há muito a ser modificado na sociedade brasileira e até mesmo no meio acadêmico – em relação à formação médica – para que a mulher de fato possa dizer-se dona de seu próprio corpo e responsável consciente de suas escolhas. Até lá o que nos resta é tentar buscar atalhos para que conosco seja diferente e alertar para essa realidade, informar, replicar e sempre dizer: o parto normal é possível, sim! Mas, se você quiser, terá que lutar por ele. De minha parte garanto: vai valer a pena! Mulher nenhuma deveria privar-se de viver essa experiência absolutamente deliciosa e avassaladora.
(Publicado originalmente no Blog Papo de Berçário - dia 01/02/2012)
Nunca é demais ressaltar que o parto cesáreo foi uma importante conquista da humanidade, impedimento de muitas perdas de mães e bebês. Estamos tratando aqui, no entanto, da banalização deste procedimento (invasivo e arriscado), por sua realização desnecessária – baseada em indicações equivocadas ou conveniência. Estamos discutindo o fato de aproximadamente 90% dos nascimentos em hospitais particulares da capital paulista, por exemplo, serem realizados por parto cirúrgico. Isto não é razoável nem compreensível, não é mesmo?
Acima de tudo, o que me levou a conhecer o movimento de humanização de atendimento ao parto foi a minha indignação diante das dezenas e dezenas de relatos de parto que li na internet em que as mulheres contavam as justificativas dadas por médicos “respeitabilíssimos” para a indicação da cesariana. Vi, lendo e relendo essas histórias repetidamente, que as mulheres são constantemente enganadas, trapaceadas e cerceadas, de maneira vil, do direito maior sobre seu próprio corpo. São levadas a crer na sua incapacidade de colocar no mundo os filhos que elas geraram. E isso é muito triste.
Assim, comecei a pesquisar. Queria saber quando de fato uma cesárea é necessária. Entre tantas histórias, descobri, por exemplo, que circular de cordão (cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê) não impede o parto normal; que diabetes gestacional também não; que “bebês grandes” menos ainda; e que todas as mulheres “têm dilatação” – o que não se tem é habilidade, paciência e desejo de esperar pelo processo fisiológico e, não patológico, de dar à luz. Assim, muita gente é manipulada e levada a acreditar que escolheram o melhor para si e para seu bebê – o que em muitos e muitos casos não é verdade.
Grande parte dos médicos obstetras brasileiros, por má formação, limitação cultural ou em alguns casos até má fé, não está preparada para acompanhar um parto normal nem convencida do grave problema que é a banalização da cesariana.
Portanto, se você está grávida, deseja um parto normal e tem dúvidas sobre a conduta do seu médico, não hesite! Procure se informar sobre a taxa de partos normais atendidos por ele. Questione se tem “um dia exclusivo para cirurgia” na agenda semanal do consultório. Converse sobre o tipo de parto que você deseja (o profissional não pode negar-se a tratar do assunto). E por fim tenha consciência de que “parto normal” não é tudo. Há que ser humanizado – acima de qualquer coisa (Sobre isso leia: Humanizado ou não, eis a questão).
Hoje tenho convicção total de que há muito a ser modificado na sociedade brasileira e até mesmo no meio acadêmico – em relação à formação médica – para que a mulher de fato possa dizer-se dona de seu próprio corpo e responsável consciente de suas escolhas. Até lá o que nos resta é tentar buscar atalhos para que conosco seja diferente e alertar para essa realidade, informar, replicar e sempre dizer: o parto normal é possível, sim! Mas, se você quiser, terá que lutar por ele. De minha parte garanto: vai valer a pena! Mulher nenhuma deveria privar-se de viver essa experiência absolutamente deliciosa e avassaladora.
(Publicado originalmente no Blog Papo de Berçário - dia 01/02/2012)
18 de janeiro de 2012
Aqui também tem papo
Em 2011, recebi um convite delicioso da querida (e futura cumadi) Letícia Fagundes para escrever quinzenalmente para o Blog Papo de Berçário. O Blog é uma iniciativa da empresa NetFraldas, que está entrando no mercado de venda de fraldas por assinatura. O objetivo deles é agregar conceito e informação ao negócio, atrair público e ter no Blog um diferencial para a empresa. Achei a ideia muito bacana e topei na hora.
A partir de agora, com a devida autorização (claro!!), vou republicar por aqui os textos que escrevo para eles e também comentar outras notícias e informações sobre o "mundo mãe" - mas sem restrições, regras ou limites de assuntos, ok?
Afinal, esse meu Blog tem ascendente em gêmeos e, cá entre nós, todas as paixões nos divertem!
Aqui a lista dos posts já publicados:
O parto possível
Ano novo, papo renovado
O Natal pode ser ainda mais feliz
Ôlelê, ôlalá, as férias vêm aí e o bicho vai pegar!
Papo de berçário na… depilação!
Uma estrada de tijolos amarelos?
Humanizado ou não? Eis a questão.
O melhor presente é você
O Jardim da princesa Isadora – Parte 2
O Jardim da princesa Isadora – Parte 1
Um conselho para mim
Coisas que a maternidade me deu
Espero que gostem do papo!
Bj grande!
Dani
A partir de agora, com a devida autorização (claro!!), vou republicar por aqui os textos que escrevo para eles e também comentar outras notícias e informações sobre o "mundo mãe" - mas sem restrições, regras ou limites de assuntos, ok?
Afinal, esse meu Blog tem ascendente em gêmeos e, cá entre nós, todas as paixões nos divertem!
Aqui a lista dos posts já publicados:
O parto possível
Ano novo, papo renovado
O Natal pode ser ainda mais feliz
Ôlelê, ôlalá, as férias vêm aí e o bicho vai pegar!
Papo de berçário na… depilação!
Uma estrada de tijolos amarelos?
Humanizado ou não? Eis a questão.
O melhor presente é você
O Jardim da princesa Isadora – Parte 2
O Jardim da princesa Isadora – Parte 1
Um conselho para mim
Coisas que a maternidade me deu
Espero que gostem do papo!
Bj grande!
Dani
Ano novo, papo renovado
Achei legal começar o ano novo falando sobre o que mais me motiva a escrever para mães e futuras mães. Isso tem a ver com a grande descoberta que eu fiz em minha vida justamente quando comecei a desejar ter um filho. Essa descoberta foi também um resgate, um reencontro. Estou falando, mais especificamente, da minha paixão pelo conceito (tantas vezes mal empregado) de humanização do atendimento ao parto.
Isso porque a ideia de transformar o atendimento ao parto, em especial no Brasil, está ligada à mudança de paradigma em relação ao nascimento, à maternidade e à forma de criação contemporânea. Por isso, ainda que você não se identifique diretamente com uma ou outra ideia desta humilde pessoa, quem sabe não é possível ao menos contribuir para a reflexão sobre como os conceitos difundidos pelo senso comum podem atrapalhar/ influenciar as nossas escolhas.
Por vezes, nos achamos super informados e atentos, mas somos fruto da sociedade em que vivemos e ponto, com todas as suas nuances e contradições. E, por que não dizer, interesses. Sim, interesses. Alguns nobres, outros condenáveis, muitos inconscientes. Mas o fato é que tudo que vemos, ouvimos e lemos vai, de uma forma ou de outra, influenciar nossas decisões. Muitas delas, tomadas sem a merecida ponderação.
Portanto, começo hoje a falar com mais detalhes sobre como me tornei “uma dessas mulheres, meio doidas, que nos dias de hoje dão à luz naturalmente, sem anestesia nem nada, assim como no tempo das nossas avós (ou bisavós)”, como tanta gente pensa por aí.
De cara posso começar contando que não achava nem um pouco compreensível essa escolha, “diante da modernidade”. Achava mesmo que a evolução da medicina tinha trazido ótimas alternativas para as mulheres – como a anestesia e a cesariana. Achava também (e ainda acho) que as mulheres deveriam ter o pleno direito de escolher a forma como gostariam de colocar seus filhos no mundo (ainda que hoje veja isso de maneira muito mais profunda). Achava (e também ainda acho) que a via de parto não faz ninguém melhor ou pior. Achava que era informada e que poderia escolher. Achava que os médicos sabiam o que diziam. Achava que a mulherada “mamífera” era bem radical e, vez ou outra, prepotente.
Hoje, parte dessas ideias se transformou, parte se aprofundou. Os primeiros contatos que tive com o assunto me soaram radicais e distantes. Ótimas opções para… as outras. Porém minha curiosidade me fez querer entender a razão que leva uma mulher “moderna” a desejar um parto natural.
Foi, então, que uma descoberta me indignou e mudou muita coisa dentro de mim. Descobri que muitas, muitas mulheres são enganadas ou levadas a acreditar em alguns conceitos totalmente equivocados, que as conduzem a um caminho arriscado e, por vezes, não desejado, em função da má formação, da conveniência ou da má fé de seus médicos.
Em nosso próximo encontro, vou falar sobre essa triste realidade e sobre como saber se você corre o risco de cair no “conto do cesarista fofo”. Até lá.
(Publicado originalmente no Blog Papo de Berçário - dia 18/01/2012)
Isso porque a ideia de transformar o atendimento ao parto, em especial no Brasil, está ligada à mudança de paradigma em relação ao nascimento, à maternidade e à forma de criação contemporânea. Por isso, ainda que você não se identifique diretamente com uma ou outra ideia desta humilde pessoa, quem sabe não é possível ao menos contribuir para a reflexão sobre como os conceitos difundidos pelo senso comum podem atrapalhar/ influenciar as nossas escolhas.
Por vezes, nos achamos super informados e atentos, mas somos fruto da sociedade em que vivemos e ponto, com todas as suas nuances e contradições. E, por que não dizer, interesses. Sim, interesses. Alguns nobres, outros condenáveis, muitos inconscientes. Mas o fato é que tudo que vemos, ouvimos e lemos vai, de uma forma ou de outra, influenciar nossas decisões. Muitas delas, tomadas sem a merecida ponderação.
Portanto, começo hoje a falar com mais detalhes sobre como me tornei “uma dessas mulheres, meio doidas, que nos dias de hoje dão à luz naturalmente, sem anestesia nem nada, assim como no tempo das nossas avós (ou bisavós)”, como tanta gente pensa por aí.
De cara posso começar contando que não achava nem um pouco compreensível essa escolha, “diante da modernidade”. Achava mesmo que a evolução da medicina tinha trazido ótimas alternativas para as mulheres – como a anestesia e a cesariana. Achava também (e ainda acho) que as mulheres deveriam ter o pleno direito de escolher a forma como gostariam de colocar seus filhos no mundo (ainda que hoje veja isso de maneira muito mais profunda). Achava (e também ainda acho) que a via de parto não faz ninguém melhor ou pior. Achava que era informada e que poderia escolher. Achava que os médicos sabiam o que diziam. Achava que a mulherada “mamífera” era bem radical e, vez ou outra, prepotente.
Hoje, parte dessas ideias se transformou, parte se aprofundou. Os primeiros contatos que tive com o assunto me soaram radicais e distantes. Ótimas opções para… as outras. Porém minha curiosidade me fez querer entender a razão que leva uma mulher “moderna” a desejar um parto natural.
Foi, então, que uma descoberta me indignou e mudou muita coisa dentro de mim. Descobri que muitas, muitas mulheres são enganadas ou levadas a acreditar em alguns conceitos totalmente equivocados, que as conduzem a um caminho arriscado e, por vezes, não desejado, em função da má formação, da conveniência ou da má fé de seus médicos.
Em nosso próximo encontro, vou falar sobre essa triste realidade e sobre como saber se você corre o risco de cair no “conto do cesarista fofo”. Até lá.
(Publicado originalmente no Blog Papo de Berçário - dia 18/01/2012)
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