31 de agosto de 2010

39 semanas + 1 dia – expectativa


Todas as semanas, eu e o Fábio prometemos para nós mesmos que no final de semana vamos descansar, desacelerar e ficar tranquilos em casa – sem muitos compromissos. E advinha? Quase NUNCA conseguimos. Neste último fim de semana, foi a mesmíssima coisa.

No sábado, fomos à aula de Yoga – o casal. =) Foi muuuito bacana, fizemos a “despedida” da barriga – para o caso dela não “sobreviver” à próxima aula/semana. A Katia, querida (minha professora, doula e amiga), fez desenhos lindos no barrigão, tirou fotos e o Fábio também fez sua homenagem à Dorita. Assim que eu receber as fotos, eu posto aqui. De lá, fui à depilação e depois comprar apetrechos para um “breguetinho” que resolvi fazer na última hora para colocar no quartinho – não entrarei em detalhes, pois é surpresa para as visitas... rsrsrs.

Almoçamos, fomos na Alô Bebê, atrás da última peça do enxoval que ficou faltando – a bendita cinta. Por falar nisso, já tive depoimentos emocionados sobre a “importância” da cinta no pós-parto, juntamente com testemunhos solenes de sua inutilidade. Ou seja, só experimentando para saber. A quem interessar possa, no futuro darei meu “parecer” a esse respeito.

No final da tarde, seguimos para o chá bar de um casal de amigos muito queridos, encerrando a maratona do sábado às 22h. Pesado! Mas gostoso, produtivo. No domingão, almoço e jantar com a family – com direito a risoto especial de queijos, feito pela minha sobrinha mais velha (Ariadne), e jantar – super gostoso, com a tia Neise – promovendo encontro inusitado entre Tareco (o gato) e Elvis (o Cãozinho).

Na segunda, fui resolver uns pepinos de trabalho no shopping e aproveitei para rodar um pouquinho, mas o fôlego – confesso – está bem curto. Logo voltei e almocei em casa. Terminei a “surpresinha” nova e à noite finalizamos nosso curso de preparação para o parto e cuidados com o bebê, com a Drika Cerqueira – doula e educadora perinatal. Muito bacana!! Teoria afinada, explicada, estudada e “decorada”. Agora só falta mesmo colocar tudo em prática e fazer o que a intuição mandar. Hehehe ... Porque esta sim é insubstituível.

Neste sentido, o planejamento para a chegada da Dorinha para mim sempre priorizou a busca por informações e condutas que “fizessem sentido”, frente ao que acredito ser bacana para nós e para ela. A parte mais difícil – que está por vir – será começar a fazer escolhas em nome da pequena. Mas a natureza é sábia. E nos dá o tempo certo para amadurecer os processos. Ainda bem que, de imediato, começaremos com a análise minuciosa do choro, do sono e da alimentação/ crescimento, com alguma observação mais atenta à frenquencia e consistência do coco ...rsrsrs.

Muitas, e muito mais complexas, questões estão por vir. Por hora, nos contentamos com as escolhas de ordem prática, que já, em nosso caso, ultrapassaram alguns pontos que nem sequer imaginávamos. Como, por exemplo, a opção pela humanização também no atendimento neonatal – optando por um pediatra bacana, contra intervenções desnecessárias e procedimentos protocolares cruéis, inúteis e padronizados. Mais uma das descobertas inquietantes de quem “quer sempre mais”!

Ah! Quero registrar aqui que tenho a impressão de que nossa Isadora vai adorar ter a sua rotininha estabelecida, como forma de garantir mais segurança e tranquilidade. Afinal, teremos uma pequena virginiana no pedaço. Espero que ajude o fato do papai ser um tanto metódico e a mamãe tentar ser organizada. Uma coisa é certa: vai ser divertido e desafiador! Que massa!! Não vemos a hora!!!


OBS: Hoje, terça-feira (31/08), descansei bastante. Estou sentindo muitas BH. Mas, por enquanto, só isso. Vale dizer que as “pessoas corinthianas” do mundo estão rogando pela chegada da pequena amanhã (01/09) – dia do centenário do Clube. Eu já disse: amanhã não nasce! Eu cruzo as pernas e pronto!! Hahaha ...

Amanhã venho falar sobre a expectativa da amamentação e a importância do meu amor e companheiro durante toda a gravidez. TEAMO, Fô!

26 de agosto de 2010

38 semanas + 3 dias - reflexões


Ontem eu disse que voltaria para falar da “expectativa do parto – impressões, certezas e a convivência com o imponderável”. Portanto, para começar, acho que vale dizer o quanto me causa estranheza em nossa sociedade o fato de que a maioria das mulheres abriu mão da autonomia e da confiança em seu próprio corpo, depositando voluntariamente em terceiros responsabilidades por decisões absolutamente pessoais e intransferíveis.

Digo isso, pois a regra nos dias de hoje é encarar o final da gestação como um verdadeiro martírio. Reclamar de dores, incômodos, cansaço. Tem isso? Tem. Mas é ao mesmo tempo um momento tão incrível, que me impressiona as mulheres não aproveitarem esse processo transformador. Reclamam e se convencem de que não é preciso passar por tal “tormento”. Agendam suas cirurgias eletivas, sem pestanejar e sem nem ao menos conhecer as possíveis consequencias dessa decisão.

E é aqui que eu chego ao ponto da tal “convivência com o imponderável”. Porque esperar pelo nascimento natural de um bebê é uma lição fundamental sobre a nossa incapacidade de controlar os acontecimentos de vida. E que lição!! É assustador, mas ao mesmo tempo fascinante se entregar, deixar que tudo aconteça no ritmo ditado pelo universo, pelas nossas escolhas intelectuais e espirituais e pelas escolhas dos nossos filhos.

Afinal, se alguém passa pela experiência da maternidade sem descobrir essas nuances, talvez não tenha compreendido muito bem essa função/ missão. Aí, neste caso, não se “tem filhos”, se “procria”. E segue-se na toada inconsciente da preservação da espécie. Você pode questionar: e há evolução nesse processo? Claro que sim. Mas é compulsória. Para mim, o mérito está na busca CONSCIENTE pelo caminho a percorrer. E nesse processo a escolha pela não interferência no momento do nascimento de seu filho é um ponto de partida importante e, acima de tudo, a primeira e grande oportunidade de aprendizado evolutivo que a maternidade pode te proporcionar.

Dito isso, vale registrar que essa escolha tem um preço – muito alto no Brasil. Que começa pela necessidade de não aceitar as informações hegemônicas e isso é um tanto inerente à personalidade de cada um. Para mim foi fácil. Eu não me contento mesmo com os “pacotes fechados”. Quero sempre saber de onde eles vêm e, especialmente, por quem foram embalados. E isso aconteceu naturalmente em minha vida, nas escolhas ideológicas, espirituais, no pensamento político, nas opções afetivas, na forma de ver e levar a vida.

O caminho “mais fácil”, aquele que não exige reflexão, ponderação, análises e informações não basta para mim. Eu quero sempre mais. Nem que seja para errar, mas para errar com gosto, com vontade, sem chance de delegar a outros o peso das minhas frustrações. Isso é tão difícil, mas é tão bom! Recomendo uma dose diária para quem quiser provar.

Assim, diante da minha incapacidade de executar algumas ações “em piloto automático”, cheguei às escolhas que me trouxeram até o dia de hoje, com a certeza de que: estou cercada de informações e dados suficientes para buscar o meu caminho; amparada por profissionais competentes e AMOROSOS, que foram e serão sempre essenciais nesse processo; e certa de que, tenha o desfecho que tiver, estarei plenamente satisfeita e feliz.

É preciso mais? Não para mim.


OBS:
O calor e o tempo seco estão de matar!!! Tenho buscado me hidratar bastante e manter o nariz umedecido – para evitar complicações da rinite. Mas o bicho tá pegando. Com isso, a poluição paulistana faz seus estragos e sofro desde já pelas futuras gerações. As BH (contrações de Baxtron Hicks) estão cada dia mais frequentes e longas.

Ah! Hoje redigi o meu Plano de Parto. Quer dizer, registrei alguns desejos e orientações para a hora H, ou hora P, como dizem. Estou contente por não precisar mencionar intervenções indesejadas e procedimentos desnecessários. É tão bom estar segura das minhas escolhas, começando pela equipe LINDA que vai estar ao meu lado, e poder confiar, sabendo que a mim só restará a entrega, em mente e coração.

Neste sentido, deixo abaixo uma frase incrível da parteira Ana Cristina Duarte, que tenho mentalizado como um mantra:

"O parto acontece dentro da cabeça e dentro do coração. Da cintura pra baixo, esse processo é natural. Apenas haverá impedimento, se a minha cabeça ou o meu coração não permitir".

25 de agosto de 2010

38 semanas + 2 dias – tudo tranquilo


Como o tempo voou e eu, deliberadamente, preferi curtir esse momento incrível da vida um tanto distante das indiscrições virtuais, resolvi só agora aparecer por aqui para registrar os últimos momentos da gravidez, compartilhar um pouco dos sentimentos contraditórios e complexos dessa fase, falar sobre escolhas e caminhos sem volta. ADORO!

Para começar mais light, registro aqui as apostas do bolão do nascimento da Isadora. Será que alguém acerta???
28/08 – Simone
30/08 – Georges
31/08 – Carol
01/09 – Fábio e Rogério Soares
02/09 – Gui e Nilce
03/09 – Luciene
04/09 – Ariadne
05/09 – Raphael
06/09 – Samara
08/09 – Eu
09/09 - Cris e Ju
10/09 – Marco Antonio
11/09 – Moraes
15/09 – Tia Neise

Se mais alguém desejar enviar seu palpite: danigmoraes@hotmail.com

OBS: Nos últimos dias, apesar da proximidade da DPP (Data Prevista para o Parto), tenho me sentido super tranquila. Talvez apenas um tanto mais irritada do que o normal com as bobagens do dia a dia, mas acho que é somente uma maneira de extravasar!!

Ainda assim, a ansiedade coletiva anda me incomodando um pouco. Nesse mundo das cesáreas eletivas, as pessoas parecem que se esqueceram, completamente, de que não dá para saber “quando vai nascer”!! Nem para ter “uma estimativa do dia” ... (perguntinhas que respondo 2 a 3X ao dia – pelo menos!!) Rsrsrs...

Bom, amanhã eu volto para falar um pouco mais sobre a expectativa do parto – impressões, certezas e a convivência com o imponderável ...