13 de junho de 2006

Eu quero ver a nossa estrela brilhar!!!

Hoje não vi ninguém dormindo no metrô. Havia uma eletricidade no ar. Ondas verde-amarelas faiscavam. Que delícia!!! Não vejo mal nenhum nesse clima nacionalista e um tanto apoteótico que precede uma Copa do Mundo. E este ano ainda mais. Já que estamos ‘nos achando’. Mas não é sem razão. Somos os melhores mesmo. Isso não significa que vamos ganhar a Copa, mas também não podem nos tirar a vantagem, a superioridade histórica e muito menos nossos outros cinco títulos mundiais.
Nem que seja de quatro em quatro anos, o mundo todo (não só o Brasil) pára para ‘ver, ouvir e dar passagem’ para a seleção canarinho que, entre Ronaldos, fenômenos e imperadores, se tornou o segundo time de todo o mundo. Me orgulho de ter a seleção brasileira como a minha primeira e única seleção. Exceção feita apenas para os chamados (desaforadamente - eu não concordo) 'times nanicos'. Sempre acabo por torcer para eles! Aliás, o Felipão que me perdoe, mas contra a apática selação de Portugal, Angola merecia ao menos um empate! De qualquer forma, em 2006: dá-lhe Costa do Marfim!!!
Que venha a Croácia!!!
Viva Brasil!!!

1 de junho de 2006

Tipos, habilidades e reflexões


Assuntos pendentes. Hoje pensei em falar sobre potenciais e habilidades. Passei a semana pensando nisso. Em como as pessoas têm facilidade de lidar com determinados assuntos e aspectos da vida e não têm com outros. Há pessoas que lidam muito bem (depende do ponto de vista) com o trabalho. São pró-ativas, determinadas, criativas, não tem medo dos desafios, mudam de rumo, fazem escolhas, metem as caras. Acho admirável. Embora perceba que, muitas vezes, essas pesoas acabam se tornando um tanto devoradoras, atropelam os outros e, pior, a si mesmas. Mesmo sem perceber.
Já há também aquele tipo de pessoa que consegue encarar os questionamentos, as adversidades e os desafios das relações afetivas com intesidade e naturalidade. E quando digo relações afetivas, eu falo de todos os tipos de relações. Entre irmãos, pais, amigos, namorados, maridos, colegas, vizinhos, conhecidos. Em casa, no trabalho, no açougue, na família, na cama. Há quem não tema a intimidade, o contato, o vínculo e, principalmente, a entrega. Há quem acredite que a vida só tem sentido se dividida, repartida, multiplicada. E aqui mora o perigo. Afinal, há extremos, e eles em geral não são saudáveis. Essas pessoas, ao mesmo tempo, podem ter medo da solidão, dificuldade de conviver consigo mesmas, de se aceitar e de se conhecer. Podem ficar tão focados no outro que esquecem de si. Sempre em dedicação, cuidado e carinho com quem ama, mas deixando de dar o devido valor e atenção aos seus objetivos, conquistas e angustias. O mal que os acomete é, via de regra, o da projeção. Vêem no outro a possibilidade de se relacionar com o mundo sem tantos tropeços, sem tantos riscos. Por isso, se jogam, às vezes, em relações doentias, viciadas e negativas. Sofrem, choram, se descabelam, mas a culpa é do outro.
Há um tipo de pessoa que foge da briga, detesta o conflito. Dá um boi para não entrar numa briga e se não for suficiente dá a boiada inteira. Os reis dos panos quentes, da pacificação, o mastro da bandeira branca. E atenção aqui também, a previsão do tempo informa que, se você é assim, está sujeito a turbulências solitárias e tempestadades de anulações. Ou seja, um pratão de peão diário de sapos para engolir.
Entre potenciais e habilidades, cada um se destaca ou se identifica com uma coisa e, em geral, passa a vida interia tentando superar as dificuldades que têm com outras. Para mim, a meta é buscar o equilíbrio. Ok. Eu e o resto da humanidade, né? Mas é isso mesmo. Não tem muita alternativa. Aceitar e conhecer os pontos mais delicados dentro de nós (essa parte não é fácil). Reconhecer que em determinados aspectos não somos imbatíveis. Encarado isso, a única saída é buscar a serenidade emocional. Assim, se o bicho pegar, não corremos o risco de esquecer das nossas fraquezas e acabarmos metendo os pés pelas mãos. Respirar fundo, olhar para dentro de nós e não temer.
A vida é assim, cheia de "gentes" diferentes. Uns mais livres, uns mais tensos. Outros amam, outros produzem. Poucos enriquecem, muitos sobrevivem. Mas o importante é seguir. Afinal, certamente, "vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro" (John Lennon).