Hoje não vi ninguém dormindo no metrô. Havia uma eletricidade no ar. Ondas verde-amarelas faiscavam. Que delícia!!! Não vejo mal nenhum nesse clima nacionalista e um tanto apoteótico que precede uma Copa do Mundo. E este ano ainda mais. Já que estamos ‘nos achando’. Mas não é sem razão. Somos os melhores mesmo. Isso não significa que vamos ganhar a Copa, mas também não podem nos tirar a vantagem, a superioridade histórica e muito menos nossos outros cinco títulos mundiais.
Nem que seja de quatro em quatro anos, o mundo todo (não só o Brasil) pára para ‘ver, ouvir e dar passagem’ para a seleção canarinho que, entre Ronaldos, fenômenos e imperadores, se tornou o segundo time de todo o mundo. Me orgulho de ter a seleção brasileira como a minha primeira e única seleção. Exceção feita apenas para os chamados (desaforadamente - eu não concordo) 'times nanicos'. Sempre acabo por torcer para eles! Aliás, o Felipão que me perdoe, mas contra a apática selação de Portugal, Angola merecia ao menos um empate! De qualquer forma, em 2006: dá-lhe Costa do Marfim!!!
Que venha a Croácia!!!
Viva Brasil!!!
13 de junho de 2006
1 de junho de 2006
Tipos, habilidades e reflexões

Assuntos pendentes. Hoje pensei em falar sobre potenciais e habilidades. Passei a semana pensando nisso. Em como as pessoas têm facilidade de lidar com determinados assuntos e aspectos da vida e não têm com outros. Há pessoas que lidam muito bem (depende do ponto de vista) com o trabalho. São pró-ativas, determinadas, criativas, não tem medo dos desafios, mudam de rumo, fazem escolhas, metem as caras. Acho admirável. Embora perceba que, muitas vezes, essas pesoas acabam se tornando um tanto devoradoras, atropelam os outros e, pior, a si mesmas. Mesmo sem perceber.
Já há também aquele tipo de pessoa que consegue encarar os questionamentos, as adversidades e os desafios das relações afetivas com intesidade e naturalidade. E quando digo relações afetivas, eu falo de todos os tipos de relações. Entre irmãos, pais, amigos, namorados, maridos, colegas, vizinhos, conhecidos. Em casa, no trabalho, no açougue, na família, na cama. Há quem não tema a intimidade, o contato, o vínculo e, principalmente, a entrega. Há quem acredite que a vida só tem sentido se dividida, repartida, multiplicada. E aqui mora o perigo. Afinal, há extremos, e eles em geral não são saudáveis. Essas pessoas, ao mesmo tempo, podem ter medo da solidão, dificuldade de conviver consigo mesmas, de se aceitar e de se conhecer. Podem ficar tão focados no outro que esquecem de si. Sempre em dedicação, cuidado e carinho com quem ama, mas deixando de dar o devido valor e atenção aos seus objetivos, conquistas e angustias. O mal que os acomete é, via de regra, o da projeção. Vêem no outro a possibilidade de se relacionar com o mundo sem tantos tropeços, sem tantos riscos. Por isso, se jogam, às vezes, em relações doentias, viciadas e negativas. Sofrem, choram, se descabelam, mas a culpa é do outro.
Há um tipo de pessoa que foge da briga, detesta o conflito. Dá um boi para não entrar numa briga e se não for suficiente dá a boiada inteira. Os reis dos panos quentes, da pacificação, o mastro da bandeira branca. E atenção aqui também, a previsão do tempo informa que, se você é assim, está sujeito a turbulências solitárias e tempestadades de anulações. Ou seja, um pratão de peão diário de sapos para engolir.
Entre potenciais e habilidades, cada um se destaca ou se identifica com uma coisa e, em geral, passa a vida interia tentando superar as dificuldades que têm com outras. Para mim, a meta é buscar o equilíbrio. Ok. Eu e o resto da humanidade, né? Mas é isso mesmo. Não tem muita alternativa. Aceitar e conhecer os pontos mais delicados dentro de nós (essa parte não é fácil). Reconhecer que em determinados aspectos não somos imbatíveis. Encarado isso, a única saída é buscar a serenidade emocional. Assim, se o bicho pegar, não corremos o risco de esquecer das nossas fraquezas e acabarmos metendo os pés pelas mãos. Respirar fundo, olhar para dentro de nós e não temer.
A vida é assim, cheia de "gentes" diferentes. Uns mais livres, uns mais tensos. Outros amam, outros produzem. Poucos enriquecem, muitos sobrevivem. Mas o importante é seguir. Afinal, certamente, "vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro" (John Lennon).
23 de maio de 2006
Como uma onda ...
Não sei se fomos treinados ou se faz parte de nossa essência, mas é fato que percebemos e valorizamos essa fluência cíclica da vida. E assim seguimos. Prestigiando as comemorações anuais, marcando a passagem do tempo, celebrando e envolvendo o maior número de pessoas possível nisso. Para complicar ou amaciar tudo, a idéia é transformar esse ritmo constante da existência num bololô (embrólio, mix, liquidificador) afetivo. Sim, porque veja bem: esses rituais (religiosos, sociais e até comerciais) só têm mesmo valor se forem compartilhados com muita gente. Família e amigos são fundamentais, mas é claro que agregados e colegas podem ter um papel de destaque.
Essa não é uma constatação nada inovadora ou surpreendente. Mas fica mais evidente quando se apresenta de forma tão categórica como aconteceu comigo neste ano. Meu 25º aniversário, meu quarto de século, meu pedaço de pizza foi realmente simbólico.
Não é segrego pra ninguém que conheço e, mais que isso, gosto de observar o comportamento humano pelo prisma da astrologia. Sem entrar no mérito da discussão científica X esotérica, apenas levando em conta a análise, vale explicar que a cada ano temos uma nova configuração astrológica, baseada na posição dos astros no dia do nosso aniversário. Isso é chamado de “revolução solar” e propõe influências e energias que devem “reger” esse período. Ainda não consultei as minhas bruxinhas astrais, mas a teoria me ajuda a confirmar a tese de que mesmo inconscientemente a vida é formada por ciclos - determinados e delimitados com perfeição. Creio que, por vezes, essas fases coincidem com nossas celebrações. Foi o meu caso. Na última quinta-feira um desses ciclos se encerrou de uma forma contundente. Ok. Ok. Vamos aos fatos. Exatamente no dia 18 de maio de 2006 marquei um ponto final. De papel passado, carimbado e protocolado. Foi até engraçado. Foram três anos (e alguns meses) de aprendizado. Em todos os sentidos. Uma vivência completamente paradoxal: o que fazer, o que não fazer, como agir, o que procurar. Luta e redenção. Segurança e liberdade. Certo e errado. Justo e injusto. Dedicação e desprezo. Procurei nortear cada passo e atitude seguindo os meus valores, mantendo minha dignidade. Foi difícil, mas crescer é isso. Simbolicamente encerrado esse ciclo, começo a viver coisas novas, outros desafios, outras expectativas, outras aventuras. Seja o que Deus quiser!!!
**************************
Fatos da Semana
- Fiquei indignada com a notícia de que o Masp teve a luz cortada por falta de pagamento. Que absurdo! Nunca deixarei de me impressionar com a perversa realidade do país. O nosso museu mais equipado, Lina Bo Bardi, símbolo da cidade, edifício notório da mais importante avenida da maior cidade da América Latina. A educação como está. O poder público como está. A juventude como está. A cultura como está. E ainda não sabemos porque facções criminosos tomam conta do país. É surreal. E triste.
- Assisti “Vinícius”. Homem. Poeta. Compositor. Que brasileiro! Da boemia. Do violão. Do samba. Da paixão.
Essa não é uma constatação nada inovadora ou surpreendente. Mas fica mais evidente quando se apresenta de forma tão categórica como aconteceu comigo neste ano. Meu 25º aniversário, meu quarto de século, meu pedaço de pizza foi realmente simbólico.
Não é segrego pra ninguém que conheço e, mais que isso, gosto de observar o comportamento humano pelo prisma da astrologia. Sem entrar no mérito da discussão científica X esotérica, apenas levando em conta a análise, vale explicar que a cada ano temos uma nova configuração astrológica, baseada na posição dos astros no dia do nosso aniversário. Isso é chamado de “revolução solar” e propõe influências e energias que devem “reger” esse período. Ainda não consultei as minhas bruxinhas astrais, mas a teoria me ajuda a confirmar a tese de que mesmo inconscientemente a vida é formada por ciclos - determinados e delimitados com perfeição. Creio que, por vezes, essas fases coincidem com nossas celebrações. Foi o meu caso. Na última quinta-feira um desses ciclos se encerrou de uma forma contundente. Ok. Ok. Vamos aos fatos. Exatamente no dia 18 de maio de 2006 marquei um ponto final. De papel passado, carimbado e protocolado. Foi até engraçado. Foram três anos (e alguns meses) de aprendizado. Em todos os sentidos. Uma vivência completamente paradoxal: o que fazer, o que não fazer, como agir, o que procurar. Luta e redenção. Segurança e liberdade. Certo e errado. Justo e injusto. Dedicação e desprezo. Procurei nortear cada passo e atitude seguindo os meus valores, mantendo minha dignidade. Foi difícil, mas crescer é isso. Simbolicamente encerrado esse ciclo, começo a viver coisas novas, outros desafios, outras expectativas, outras aventuras. Seja o que Deus quiser!!!
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Fatos da Semana
- Fiquei indignada com a notícia de que o Masp teve a luz cortada por falta de pagamento. Que absurdo! Nunca deixarei de me impressionar com a perversa realidade do país. O nosso museu mais equipado, Lina Bo Bardi, símbolo da cidade, edifício notório da mais importante avenida da maior cidade da América Latina. A educação como está. O poder público como está. A juventude como está. A cultura como está. E ainda não sabemos porque facções criminosos tomam conta do país. É surreal. E triste.
- Assisti “Vinícius”. Homem. Poeta. Compositor. Que brasileiro! Da boemia. Do violão. Do samba. Da paixão.
“Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
Que nada nesse mundo
Levará você de mim.
Eu sei e você sabe
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe,
Pois todo o grande amor
Pois todo o grande amor
Só é bem grande se for triste.
Por isso, meu amor,
Por isso, meu amor,
Não tenha medo de sofrer.
Que todos os caminhos
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você.
Assim como o oceano
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você”
(Eu não existe sem você – Tom e Vinícius)
(Eu não existe sem você – Tom e Vinícius)
- Vida de gente grande não é fácil - uma constatação.
15 de maio de 2006
Geração Perdida, Convocação de Ouro (ou Euro) e a Nossa Seleção
O Iraque é aqui ...
"Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da Nação". (Que país é este? – Renato Russo)
Estou pessimista. Acho mesmo que nem meus netos verão o país que eu gostaria de ajudar a construir. Sinto muito, mas é isso mesmo. Não estou surpresa, afinal só não viu quem não quis. A cidade de São Paulo aprendeu a fingir que a violência está controlada, reprimida, encarcerada. Mentira. A única diferença é que a violência da nossa cidade está velada. E hoje enterrada. Concentrada nos bairros mais pobres, distantes, esquecidos. Total ausência do Estado.
O dia das mães foi inesquecível para dezenas de mulheres que enterraram seus filhos – vítimas da violência urbana da maior cidade da América Latina. Até um bombeiro foi morto. Menos um cidadão que fazia de seu trabalho uma luta diária pela vida.
É guerra civil. Há muito tempo. Só que agora, "pobres paulistas", a realidade passou dos limites, não é? De repente aquilo que muitos não queriam ver – e que ninguém quer mostrar – está aí na nossa cara. Não há pra onde fugir. Você. Eu. Quem será o próximo? Somos exemplares raros - premiados pela sorte da oportunidade - de uma geração perdida. E as próximas também estão. Os futuros filhos deste solo, que hoje serão gerados - aqueles que nem nasceram, serão frutos do mesmo descaso, humilhação, falta de perspectivas e esperanças.
Nos últimos dias, vimos apenas aquilo que não conseguiram nos esconder. O "acordo de cavalheiros" entre bandidos e mocinhos azedou. E aí ficou evidente que quem nos garante o "direito de ir e vir" (quase por ousadia) não é o Estado. E, sim, uma trégua subjetiva, condicionada à impunidade. Afinal, quando "eles" querem, tocam o terror. A população e até a polícia são reféns. Estamos nas mãos de jovens que não têm valores, amor à vida, ou qualquer consciência de humanidade. Afinal, nasceram, cresceram e se multiplicaram como bichos. E assim são tratados por TODOS nós.
Chega de murros nas mesas, discursos demagógicos. Afinal, os maus exemplos vêm de todos os lados. Das principais autoridades, dos três poderes, do setor público e privado. Do mensalão, da compra de votos, do suborno do marronzinho, da "cervejinha" pro guarda, da propina pro fiscal. São os grandes, os médios e os pequenos. Corrupção é também fator indissociável da situação que vivemos.
Uma verdadeira política de segurança pública é URGENTE. Enquanto o Estado de São Paulo gastar mais com o sistema penitenciário do que com habitação, mais com combate ao crime "organizado" do que com saúde, estaremos condenados a viver com medo. É preciso compreender que Política de Segurança Pública não é apenas armamento, construção de presídios e condenação de criminosos. Educação, saúde, emprego, moradia, DIGNIDADE. Isso é segurança!
Até agora:
29 rebeliões em andamento
120 reféms
Cerca de 81 mortos
68 ônibus incendiados
180 ataques
Lembrei dessa música:
Geração Perdida - Daniela Mercury/ Ramon Cruz/Toni Augusto
"Artistas moviam a terra
Com seu choro e partiam
Nascíamos em anos intermináveis
Filhos de árvores cortadas
Fomos silêncio sem saber
A geração do nada
Que ressuscitou sem morrer
O leite derramado é vermelho
Como a cor dos nossos cabelos
Que dançam, que dançam
As drogas já são pálidas
As palavras sem prisão
As crianças mal criadas
Nascidas com a televisão
Geração perdida
Artistas, negros, mãe
Nossos mortos sem vida
A dor que ainda dói."
**********************
O ÓPIO DO POVO
Em detrimento a tudo o que acontece no mundo (ainda bem!), Carlos Alberto Parreira divulgou hoje os nomes dos 23 jogadores que farão parte do grupo que disputará a Copa do Mundo de Futebol 2006, na Alemanha. Havia poucas dúvidas. Portanto, poucas surpresas. Sobrou sensatez ao convocar Gilberto, Fred e Rogério Ceni. Do goleiro ao ponta esquerda (adoro essa expressão), a nossa seleção tem tudo para conquistar o HEXA. E é isso que me preocupa. Teremos que lutar, marcar forte e não bobear contra nossos maiores adversários: o favoritismo e a constelação. São muitas estrelas, muitos milhões de euros, muitas pernas bonitas e sorrisos conquistadores à disposição. Caberá ao Parreira transformar essa lista de nomes em um time. Estimulá-los, envolvê-los, criar conjunto e harmonia. Fazer o melhor jogador do mundo usar todo o seu talento para colocar os adversários (croatas, australianos e japoneses – num primeiro momento) pra dançar. É isso aí. A Copa começou. A tabela já está em mãos. Dedos cruzados, corações apertados e uma só voz: "todos juntos vamos! Pra frente, Brasil. Brasil! Salve a seleção"!!!
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh.... e é claro: "Ão, ão, ão!!! Rogério é seleção!!!
(Não poderia deixar passar!!!)
***************************
A NOSSA SELEÇÃO
Como prometido no último Post, divulgo aqui a "nossa seleção". E explico. Eu e o Fábio, em árduo, mas (confesso) divertidíssimo trabalho, decidimos montar a seleção com os melhores "NOMES" do país. Atenção!!! A escalação conta apenas com jogadores da primeira divisão do futebol brasileiro. Espero que gostem! Aceitamos novas sugestões e comentários.
OBS: Aproveitem também como boas idéias para batizarmos nossos rebentos.
Segue a lista:
Maizena (com "Z") – Fortaleza
Ediglê – Internacional
Fininho – Figueirense
Jamesson – Santa Cruz
Rosembrick – Santa Cruz
Sidraílson – Santa Cruz
Nêgo – Santa Cruz
Leyrielton – Goiás
Triguinho – São Caetano
Minhoca – Flamengo
Rabicó - Fortaleza
Técnico Givanildo
Lê-se: Maizena, Ediglê, Fininho, Jamesson e Rosembrick. Sidraílson, Nêgo, Leyrielton e Triguinho. Minhoca e Rabicó. Givanildo é o treinador.
"Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da Nação". (Que país é este? – Renato Russo)
Estou pessimista. Acho mesmo que nem meus netos verão o país que eu gostaria de ajudar a construir. Sinto muito, mas é isso mesmo. Não estou surpresa, afinal só não viu quem não quis. A cidade de São Paulo aprendeu a fingir que a violência está controlada, reprimida, encarcerada. Mentira. A única diferença é que a violência da nossa cidade está velada. E hoje enterrada. Concentrada nos bairros mais pobres, distantes, esquecidos. Total ausência do Estado.
O dia das mães foi inesquecível para dezenas de mulheres que enterraram seus filhos – vítimas da violência urbana da maior cidade da América Latina. Até um bombeiro foi morto. Menos um cidadão que fazia de seu trabalho uma luta diária pela vida.
É guerra civil. Há muito tempo. Só que agora, "pobres paulistas", a realidade passou dos limites, não é? De repente aquilo que muitos não queriam ver – e que ninguém quer mostrar – está aí na nossa cara. Não há pra onde fugir. Você. Eu. Quem será o próximo? Somos exemplares raros - premiados pela sorte da oportunidade - de uma geração perdida. E as próximas também estão. Os futuros filhos deste solo, que hoje serão gerados - aqueles que nem nasceram, serão frutos do mesmo descaso, humilhação, falta de perspectivas e esperanças.
Nos últimos dias, vimos apenas aquilo que não conseguiram nos esconder. O "acordo de cavalheiros" entre bandidos e mocinhos azedou. E aí ficou evidente que quem nos garante o "direito de ir e vir" (quase por ousadia) não é o Estado. E, sim, uma trégua subjetiva, condicionada à impunidade. Afinal, quando "eles" querem, tocam o terror. A população e até a polícia são reféns. Estamos nas mãos de jovens que não têm valores, amor à vida, ou qualquer consciência de humanidade. Afinal, nasceram, cresceram e se multiplicaram como bichos. E assim são tratados por TODOS nós.
Chega de murros nas mesas, discursos demagógicos. Afinal, os maus exemplos vêm de todos os lados. Das principais autoridades, dos três poderes, do setor público e privado. Do mensalão, da compra de votos, do suborno do marronzinho, da "cervejinha" pro guarda, da propina pro fiscal. São os grandes, os médios e os pequenos. Corrupção é também fator indissociável da situação que vivemos.
Uma verdadeira política de segurança pública é URGENTE. Enquanto o Estado de São Paulo gastar mais com o sistema penitenciário do que com habitação, mais com combate ao crime "organizado" do que com saúde, estaremos condenados a viver com medo. É preciso compreender que Política de Segurança Pública não é apenas armamento, construção de presídios e condenação de criminosos. Educação, saúde, emprego, moradia, DIGNIDADE. Isso é segurança!
Até agora:
29 rebeliões em andamento
120 reféms
Cerca de 81 mortos
68 ônibus incendiados
180 ataques
Lembrei dessa música:
Geração Perdida - Daniela Mercury/ Ramon Cruz/Toni Augusto
"Artistas moviam a terra
Com seu choro e partiam
Nascíamos em anos intermináveis
Filhos de árvores cortadas
Fomos silêncio sem saber
A geração do nada
Que ressuscitou sem morrer
O leite derramado é vermelho
Como a cor dos nossos cabelos
Que dançam, que dançam
As drogas já são pálidas
As palavras sem prisão
As crianças mal criadas
Nascidas com a televisão
Geração perdida
Artistas, negros, mãe
Nossos mortos sem vida
A dor que ainda dói."
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O ÓPIO DO POVO
Em detrimento a tudo o que acontece no mundo (ainda bem!), Carlos Alberto Parreira divulgou hoje os nomes dos 23 jogadores que farão parte do grupo que disputará a Copa do Mundo de Futebol 2006, na Alemanha. Havia poucas dúvidas. Portanto, poucas surpresas. Sobrou sensatez ao convocar Gilberto, Fred e Rogério Ceni. Do goleiro ao ponta esquerda (adoro essa expressão), a nossa seleção tem tudo para conquistar o HEXA. E é isso que me preocupa. Teremos que lutar, marcar forte e não bobear contra nossos maiores adversários: o favoritismo e a constelação. São muitas estrelas, muitos milhões de euros, muitas pernas bonitas e sorrisos conquistadores à disposição. Caberá ao Parreira transformar essa lista de nomes em um time. Estimulá-los, envolvê-los, criar conjunto e harmonia. Fazer o melhor jogador do mundo usar todo o seu talento para colocar os adversários (croatas, australianos e japoneses – num primeiro momento) pra dançar. É isso aí. A Copa começou. A tabela já está em mãos. Dedos cruzados, corações apertados e uma só voz: "todos juntos vamos! Pra frente, Brasil. Brasil! Salve a seleção"!!!
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh.... e é claro: "Ão, ão, ão!!! Rogério é seleção!!!
(Não poderia deixar passar!!!)
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A NOSSA SELEÇÃO
Como prometido no último Post, divulgo aqui a "nossa seleção". E explico. Eu e o Fábio, em árduo, mas (confesso) divertidíssimo trabalho, decidimos montar a seleção com os melhores "NOMES" do país. Atenção!!! A escalação conta apenas com jogadores da primeira divisão do futebol brasileiro. Espero que gostem! Aceitamos novas sugestões e comentários.
OBS: Aproveitem também como boas idéias para batizarmos nossos rebentos.
Segue a lista:
Maizena (com "Z") – Fortaleza
Ediglê – Internacional
Fininho – Figueirense
Jamesson – Santa Cruz
Rosembrick – Santa Cruz
Sidraílson – Santa Cruz
Nêgo – Santa Cruz
Leyrielton – Goiás
Triguinho – São Caetano
Minhoca – Flamengo
Rabicó - Fortaleza
Técnico Givanildo
Lê-se: Maizena, Ediglê, Fininho, Jamesson e Rosembrick. Sidraílson, Nêgo, Leyrielton e Triguinho. Minhoca e Rabicó. Givanildo é o treinador.
11 de maio de 2006
Voa, canarinho voa!!!!

Por isso, as polêmicas entre Rogério Ceni ou Marcos ou pela definição do último atacante e do reserva de Roberto Carlos já têm muito tempo e seguirão até o final da Copa, do ano, quem sabe pode durar décadas ou jamais terminará - dependendo do resultado do torneio mundial. (Toc, toc, toc! Bate na madeira!)
Não é preciso tentar explicar, mas fico surpresa quando ouço (e já ouvi de MUITA gente) que "é melhor ver meu time ganhar um campeonato, do que o Brasil a Copa". Minha gente, isso é muito estranho! Acho que meu patriotismo está desmedido, então. Pra mim, a camisa amarela (me recuso a usar a terminologia do Zagallo), o hino nacional, a mão no peito são insuperáveis. E olha que não me faltam títulos ao longo da vida - são paulinos podem dizer isso.
Uma coisa é certa. Eu já me escalei. Estou no vestiário, colocando o uniforme, calçando as chuteiras, fazendo o aquecimento. Chegou a hora de observar melhor as chaves, imprimir a lista com as datas e horários dos jogos, e estudar os nossos possíveis adversários.
Se o Parreira deixar, o salto-alto permitir, a Fifa não boicotar, e o Zagallo não escalar ... acho que o HEXA será nosso! Assim, FÁCIL!
****************************************
NÃO PERCA !!!
O Parreira vai convocar o grupo dele. Eu e o Fábio estamos preparando os nossos titulares. Não perca! Segunda feira, dia 15 de maio de 2006, Post imperdível com a "Nossa seleção"!!!
5 de maio de 2006
Primeiro post da minha vida

Pra quem tem (quase) 25 anos, o título deste Post é praticamente uma confissão. E é isso mesmo. Sou do tempo do telex (figura ao lado), do DOS e do Atari. Com muito orgulho, sim! Mas não sou do tipo saudosista ou resistente à inovações tecnológicas. Muito pelo contrário! Adoro novos equipamentos, coisas com muitos botões e, caso raro (eu sei), ler Manuais. Portanto, resolvi experimentar essa ferramenta. Saber o que ela pode me ensinar.
Sempre tive diários. Daqueles com adesivos, fios de cabelo, embalagens de bala e todos os tipos de recordações e confissões permitidas. Coincidência (ou não), desde que resolvi fazer da palavra escrita minha profissão não escrevi mais sobre mim, sobre o que desejava, sentia ou acreditava. As palavras não fluiam mais sem "censura" e (pior) sem revisão - ponto este que não tem mais volta (ainda bem!). Agora, prestes a completar um quarto de século (ohhhh), resolvi tentar retomar esse hábito. Vamos ver se terei a mesma paciência e dedicação. Se o que direi será interessante pra alguém e/ou pra mim ...
De qualquer maneira, escrever organiza o pensamento, ajuda a entender o mundo, e a enfrentar nossos próprios questionamentos. A idéia é: expressão! Afinal, eu falo. E falo um tanto que às vezes até eu fico cansada. Em vista disso, só posso compreender que tenho mesmo uma necessidade de me comunicar. Por isso, te convido a compartilhar comigo impressões da vida contemporânea no que ela tem de mais humano: o sentimento.
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